quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CORREIO DO POVO ( Porto Alegre, 26 de janeiro de 2011 - Capa).

IMPASSE PELA SAÚDE NA CAPITAL




O projeto da Prefeitura de Porto Alegre de criar uma entidade para gerenciar a rede de saúde pública deve ser motivo de debates acalorados hoje no Fórum "Não à Fundação", às 18h30min, na Câmara de Vereadores. A implementação do Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família teria o objetivo de solucionar gargalos do atendimento na Capital. Para o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que encabeça as críticas ao projeto, a fundação seria apenas mais um método de apadrinhamento político. O assunto gerou polêmica e colocou em lados opostos o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes, e o prefeito José Fortunati, que fez duras críticas à falta de cumprimento de horário pelos médicos. Enquanto isso, a situação da saúde pública é caótica. Postos de saúde e hospitais seguem lotados.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Conselho de Saúde derrota Fundação de Saúde por 28 votos a 2


A proposta de uma fundação de saúde para assumir parte do SUS na Capital foi fragorosamente derrotada na noite desta quinta, 6, pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS). Por 28 votos a 2, a criação do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) foi rejeitada. Um dos votos favoráveis foi do secretário da Saúde, Carlos Henrique Casartelli. Agora o CMS, do qual o Sindicato Médico do RS (SIMERS) é um dos integrantes, enviará resolução à Câmara de Vereadores, à Prefeitura e ao Ministério Público (MP) estadual.


A Lei Orgânica de Porto Alegre obriga que novos serviços ou programas de saúde sejam aprovados pelo conselho para entrarem em vigor. A decisão, comemora a diretora do SIMERS Clarissa Bassin, será aliada decisiva para impedir apreciação do PL da prefeitura que cria o instituto.

"A plenária do CMS, que tem 50% de usuários do SUS, deu seu voto em favor do sistema único, de uma saúde pública sem estruturas paralelas, que burlam a Constituição Federal. Os gestores ouviram a população dizer: chega de enrolação e saídas fáceis pretensamente mais baratas", destacou Clarissa.

Na reunião, que terminou após as 22h, Casartelli admitiu que não apresentou a proposta à análise do Conselho. Isso só ocorreu em 30 de dezembro passado. SIMERS e mais de 20 entidades criaram o Movimento em Defesa do SUS e denunciaram que o prefeito José Fortunati enviou PL sem debate algum e tentou aprovar ao apagar das luzes do ano. A pressão, que teve apoio da Oposição, deu resultado, e os vereadores adiaram a votação. Agora o Movimento se mobiliza para a retomada da tramitação no começo de fevereiro, após o recesso do legislativo.

No CMS, houve cobrança sobre os custos do Imesf. Clarissa cita que a prefeitura tenta defender a receita sustentando que contratação por CLT tem menos custos. Casartelli e o secretário adjunto, Marcelo Bósio, tanmbém afirmaram que a Fundação fica fora dos limites de gastos da gestão direta. Claudio Augustin, do Conselho Estadual de Saúde, ler o artigo da Constituição Federal que submete os organismos aos limites de gastos.

ENTENDA O CASO
A prefeitura da Capital enviou, no final de 2010, o PL 53/2010 criando a fundação para a saúde básica. O gestor alega que com a receita conseguirá ter médicos e que precisa acabar com a terceirização das equipes de Saúde de Família, hoje sob comando da Fundação Cardiologia. Ação do Ministério Público na Justiça exige concurso público para o programa.

Depois de forte pressão na Câmara de Vereadores, o Movimento em Defesa do SUS conseguiu adiar a votação para fevereiro. Também existem três substitutivos para apreciação. O argumento principal do movimento é a falta de debate. Clarissa Bassin, diretora do SIMERS, alerta que experiências já em vigor na Região Metropolitana mostram que a Fundação não resolve os problemas. Cita ainda Belo Horizonte, que tem equipes contratadas por concurso e no quadro estatutário da prefeitura e hoje alcança 80% de cobertura da população. Na Capital, o programa só atinge 20%.

LEGISLAÇÃO
A Lei Orgânica do município diz que para ser criado um novo serviço de saúde tem de haver aprovação pelo CMS. Apenas em 30 de dezembro, penúltimo dia do ano, é que a Secretaria Municipal da Saúde protocolou pedido para análise do projeto de Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf).

“Nossa mobilização em nome dos usuários e de trabalhadores que fazem o SUS no dia-a-dia garantiu uma discussão pública em um tema de tamanha importância. Continuaremos tentando provar aos vereadores que o melhor modelo é de uma estrutura única, vinculada à gestão direta, e que não pode ficar refém dos gostos dos governantes”, destacou Clarissa.

"Os governos passam, mas a saúde tem de ser permanente e ter quadros qualificados". A luta agora será pela incorporação do programa à estrutura do SUS. Em Belo Horizonte deu certo, citou Clarissa. Em Novo Hamburgo, que tem fundação desde maio de 2009, faltam mais de 250 médicos na rede, postos não têm médicos e depois de cinco seleções, a prefeitura não consegue médicos interessados.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Fórum de Entidades em Defesa do SUS comemoram adiamento da votação de fundação na Câmara

As entidades que lutam contra a fundação de saúde no SUS em Porto Alegre comemoraram nesta segunda, 3, o adiamento da votação pela Câmara de Vereadores do projeto que cria o Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf).

Daqui para a frente, o Movimento em Defesa do SUS focará ações para confrontar as diferenças entre gestão direta da saúde e a criação de modelos paralelos, como é o caso da fundação pública de direito privado, que fere a Constituição Federal e abre caminho para maior jogo político e contratos com grupos privados.

As entidades entregaram documento, nesta segunda, à presidente do Legislativo, Sofia Cavedon (PT), para realização de audiência pública. Sofia, recém-empossada, comprometeu-se em atender a proposta.

Maria Rita, vice-presidente do SIMERS, destacou ainda que a transferência da apreciação pela Câmara para fevereiro restituiu o respeito à sociedade. “A prefeitura e a base governista pretendiam passar a proposta sem nenhuma discussão”, denunciou a dirigente, destacando o apoio de vereadores do PT, PSol e PSB e integrantes da base do PMDB (Haroldo Souza) e do PPS (Toni Proença). Também Thiago Duarte defendeu necessidade do debate. A votação foi adiada mesmo com requerimento para tramitar em regime de urgência urgentíssima.

A pressão e ingresso de três substitutivos tornaram insustentável para Situação e o próprio prefeito José Fortunati insistir na aprovação no afogadilho. Uma das irregularidades é o PL 53/2010 não ter sido aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, requisito previsto na lei do SUS. Apenas no dia 30 de dezembro (penúltimo dia de 2010) a Secretaria Municipal de Saúde protocolou pedido para que a minuta do PL fosse analisada.

“Nossa mobilização em nome dos usuários e de trabalhadores que fazem o SUS no dia-a-dia garantiu uma discussão pública em um tema de tamanha importância. Continuaremos tentando provar aos vereadores que o melhor modelo é de uma estrutura única, vinculada à gestão direta, e que não pode ficar refém dos gostos dos governantes”, destacou a vice-presidente. "Os governos passam, mas a saúde tem de ser permanente e ter quadros qualificados".

Maria Rita defendeu que os programas de Saúde de Família sejam institucionalizados, com garantia de verbas. “A maior desculpa de gestores municipais é que as verbas não são parte do orçamento, podem ser cortadas pela União ou Estado a qualquer momento. Ninguém tem dúvida mais da eficácia desta ação. Chega de burlar o SUS. A luta deve ser pela transformação do ESF em política de estado”, propôs, citando experiências como a da capital mineira, que tem pessoal do quadro de servidores públicos estatutários.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A saúde no Brasil e o SUS no novo governo

No momento em que se forma a equipe do novo governo, manifestamos nossa preocupação com os destinos da saúde no Brasil. Nesses mais de 20 anos da Constituição de 1988 e do SUS, o direito à saúde tem sido violado, postergado e utilizado como artifício para favorecer interesses particulares, sejam eles político-partidários, do mercado, ou mesmo de gestores públicos.

Em reunião noticiada na mídia, 25 médicos “aproveitaram” a ida da presidente a sua consulta regular para falar dos problemas da saúde. Foi uma atitude no mínimo antiética, porque a posição médica foi usada para apresentar opiniões e propostas em um momento de fragilidade de qualquer indivíduo, quando ele é um paciente. Essa é uma entre as várias conexões que temos presenciado na formação do novo governo. Contudo, é preciso que as autoridades eleitas ultrapassem os limites dos inúmeros interesses e negociações ao seu redor e ouçam os anseios e o sofrimento da maioria dos cidadãos brasileiros, relembrando a posição da Sociedade, marcada na Constituição Cidadã de 1988.

A situação da saúde no Brasil é gravíssima. A saúde é ineficaz, de baixa qualidade e penaliza diariamente a população. Os sucessivos governos a defendem, mas a tratam como despesa e como problema. O novo governo tem defendido que quer crescimento econômico associado ao desenvolvimento social. Entretanto, desenvolvimento social não se resume a renda e consumo. Como usufruir dos benefícios do crescimento sem saúde?

As propostas apresentadas durante a campanha da presidente eleita, como a expansão da rede através das Upas, estão longe de resolver o problema. O que o governo vai fazer para resolver as filas, a precária infraestrutura da rede pública, o mau atendimento, a falta de acesso a medicamentos, a falta de atenção básica, a falta de profissionais habilitados, a precarização do trabalho? Esses não são problemas localizados e não podem ser resolvidos de forma isolada. É preciso uma estratégia nacional, organizada e integrada entre os níveis de governo.

O principal problema, já reconhecido pela presidente, é a falta de recursos. O gasto público em saúde é muito baixo (menos de US$ 350 per capita – inferior a Argentina, Uruguai, Chile, Costa Rica e Panamá). Do total de gastos em saúde, menos de 50% são públicos. São números muito abaixo daqueles dos países que tem sistemas similares ao SUS, inclusive na América Latina. Se o governo, em tempos de ampliação do papel do Estado, não aumentou os recursos para a saúde, é preocupante como ficaremos agora, quando os ortodoxos falam em corte de gastos e ajuste fiscal.

Saúde não é gasto, é investimento. O governo federal vem reduzindo sua participação nos gastos em saúde, comprometendo o financiamento do SUS. É preciso aprovar a regulamentação da PEC 29 e garantir recursos mínimos e regulares para a saúde, principalmente do nível federal e dos estados. É preciso acabar com a DRU (Desvinculação dos recursos da União) para a saúde, assim como já se decidiu fazer com a educação, permitindo o aumento de recursos. É preciso fazer valer a cobrança do ressarcimento ao SUS pelos planos de saúde, que se arrasta há anos. É preciso rever os subsídios ao pagamento de planos privados. Porque o Estado pode subsidiar o pagamento de planos de saúde da classe média e alta permitindo o desconto no Imposto de Renda e não pode aumentar os recursos para a saúde? Não será mais racional e eficiente investir na saúde de todos do que nos planos privados de 20% da população?

A experiência internacional demonstra que os melhores indicadores de saúde estão nos países onde foram construídos sistemas universais, públicos e com recursos fiscais. Esses sistemas oferecem mais saúde por menos dinheiro, porque se baseiam em objetivos estritamente coletivos, e não são capturados pelos interesses de mercado. Por outro lado, onde prevalecem os interesses de mercado, a saúde é pobre, mesmo que os gastos sejam vultosos. Vale o caso exemplar dos Estados Unidos. A presença forte do Estado não significa eliminar ou subjugar o mercado, mas sim separá-los de fato. Recursos públicos devem ser usados somente, e tão somente, para objetivos públicos.

A saúde no Brasil está profunda e perigosamente privatizada, e esse é um dos motivos pelos quais ela não avança. E o mais dramático é que sua privatização tem sido feita a expensas da defesa de seu funcionamento. Isso precisa mudar com urgência. Instalou-se no Brasil um discurso catastrófico de que o SUS é inviável como previsto e, “como todos nós defendemos o SUS”, a forma de garanti-lo é repassar serviços integrais ao setor privado, sob a alegação de que contratos estão sendo firmados e fiscalizados. Esse discurso e sua prática encobrem uma rede complexa de interesses de empresas, fornecedores e profissionais, do setor público, filantrópico e privado, intermediados por negociações de toda ordem, que tiram dos gestores públicos qualquer controle sobre a atenção à saúde dos cidadãos. O governo precisa auscultar a sociedade, as centenas de movimentos sociais em saúde do país, que vêm denunciando a falsidade desses serviços. São ineficazes, discriminam os pobres, usam os recursos do SUS para, dentro dos serviços, atender pacientes de planos de saúde, pagam mal e submetem profissionais a condições precárias de trabalho, prejudicando o atendimento. O governo precisa realizar uma avaliação criteriosa das iniciativas de repasse ao setor privado, como OSSs, OSCIPS, cooperativas, etc, e verá que elas não estão garantindo mais saúde à população. O aumento da cobertura é apenas um indicador de melhoria dos serviços, mas de nada vale se o serviço é uma porta a mais, sem resolutividade. Minam-se os recursos públicos, sem garantir mais saúde.

A saúde no Brasil não precisa de mais privado, e sim de mais Estado. Assim como o Estado assume o papel de garantir o interesse público no pré-sal, deveria fazer o mesmo no caso da saúde. Um Estado que recupere o lugar da saúde no desenvolvimento nacional, articulando-a com as políticas de Seguridade Social e com outras políticas afins, como a de meio ambiente. Um Estado que fortaleça a cidadania e que seja capaz de chegar com eficiência e qualidade a todos os cidadãos.

A saúde universal e pública não é um mero discurso, nem uma fantasia ideológica. É uma das experiências mais concretas e bem-sucedidas que a sociedade contemporânea construiu. O Brasil trilhou esse caminho, falta agora acertar o passo, aprofundando e ampliando esse caminho para todo o Brasil e todos os brasileiros. Governo e sociedade precisam levar a sério um debate urgente sobre a saúde que queremos.

Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

NOSSA MOBILIZAÇÃO TEM PROTELADO A VOTAÇÃO DO IMESF

Graças à intensa movimentação que o Fórum de Entidades estabeleceu em sua estratégia, cuja pauta foi cumprida à risca:

- a reunião na Câmara Municipal de Porto Alegre foi realizada na segunda-feira (27/12) com pleno êxito, eis que três projetos substitutivos foram encaminhados;

- a entrevista coletiva do dia 28/12, na sede do CES, renderam outras mídias, por exemplo Maria Letícia de Oliveira Garcia, coordenadora do CMS, e da Maria Rita de Assis Brasil, vice-presidente do SIMERS concederam entrevistas nas rádios Gaúcha (“Polêmica”)- ouça o aúdio no link ao lado - e Guaíba (“Guaíba Revista") e na RBS (“Conversas Cruzadas”);

- o CMS responde ao Prefeito José Fortunati sobre suas alegações no Programa de Rádio, cujo ofício foi divulgado em sua íntegra no blog do jornalista André Machado (acesse aqui http://wp.clicrbs.com.br/andremachado/2010/12/28/conselho-municipal-da-saude-questiona-criacao-de-fundacao/?topo=77,1, );

- “a reunião conjunta de cinco comissões permanentes da Câmara Municipal de Porto Alegre que avaliaria o parecer sobre o projeto de lei do Executivo que cria o Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF) foi suspensa na tarde desta terça-feira (28/12). Os trabalhos foram encerrados pelo presidente da CCJ, Pedro Ruas (PSOL), após reunião com os líderes dos partidos em função da entrada de três substitutivos ao projeto. Conforme Ruas, o Regimento Interno determina que, para serem apreciados, os substitutivos deverão ser apregoados e avaliados em Discussão Preliminar de Pauta por duas sessões ordinárias e por reunião conjunta das comissões permanentes. Citando o artigo 111, Ruas informou que o pedido de urgência para a tramitação da proposta do Executivo não dispensa o anúncio, a discussão em Pauta, e a votação do parecer das comissões permanentes em reunião conjunta” (notícia veiculada no site da Câmara Municipal);

- Ontem (29/12) as lideranças da Câmara Municipal debateram o IMESF e, após fervoroso debate, foi postergada a votação para a próxima semana;

- no Correio do Povo de hoje (30/12), às fls. 19, consta a seguinte notícia: “será votado dia 5, em sessão extraordinária da Câmara, o projeto que cria uma fundação pública de direito privado para gerir a saúde básica na Capital. Segundo o presidente Nelcir Tessaro (PTB), a proposta deverá ser discutida em plenário segunda-feira, após a posse de sua sucessora, Sofia Cavedon (PT)”.



PORTANTO PRECISAMOS CONTINUAR E REFORÇAR ESTE MOVIMENTO PARA ALCANÇARMOS A VITÓRIA


Diante dos relatos acima, NÃO SERÁ NECESSÁRIA A NOSSA PRESENÇA NA CÂMARA MUNICIPAL HOJE À TARDE, no entanto precisamos fazer novo encontro para traçar novas estratégias para a próxima semana.

Assim, convocamos nova reunião do Fórum de Entidades, que será reforçado pelos Conselhos Distritais de Saúde, no

Dia 03/01/2011 – às 10 horas – Auditório da SMS (João Pessoa, 325)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Comunicado à população de Porto Alegre

A população de Porto Alegre tem acompanhado com preocupação o debate que acontece na Câmara de Vereadores sobre o Projeto de Lei que institui uma Fundação de Direito Privado dentro da Secretaria Municipal de Saúde, denominada “Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família – IMESF”.

Na tarde de ontem o Plenário da Câmara aprovou por 16 votos a 12 o pedido de urgência para a votação do Projeto encaminhado pelo líder do governo, Vereador João Dib, que ficou marcada para o dia 30 de dezembro. (VIDE VOTAÇÃO - CLIQUE AQUI)

O Projeto irá para votação sem o necessário debate com a cidade, por pressão do próprio governo sobre a Câmara, contrariando o acordo firmado em juízo com o Ministério Público Estadual, no dia 13 de dezembro, onde o município se comprometeu com o adiamento do processo até março de 2011. (VIDE TERMO DE AUDIÊNCIA DO MP - CLIQUE AQUI)

Esta atitude revela e desmascara a verdadeira intenção do prefeito José Fortunati, que é a de privatização da saúde, abrindo espaço para mais um órgão que servirá para abrigar cargos políticos, dificultar o controle social sobre a aplicação dos gastos com a saúde, e retornar às páginas policiais como já testemunhamos em passado recente de nossa cidade.

A atitude do governo municipal, que não aceita o debate aberto com a sociedade é autoritária e anti-democrática e fere a constituição federal ao desrespeitar o papel deliberativo do Conselho Municipal de Saúde.

Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre