sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fórum em Defesa do SUS convoca para votação do Imesf



O Fórum de Entidades em Defesa do SUS está convocando a comunidade para barrar votação na segunda-feira, às 14h, na Câmara Municipal de Porto Alegre (CMPA). Na quinta-feira (10), as entidades iniciaram panfletagem nos pontos de ônibus e locais de maior circulação no centro de Porto Alegre. Já no domingo, dia 13, o grupo estará com uma barraca no Brique da Redenção, a partir das 10h, próximo ao Monumento do Expedicionário. O objetivo é explicar porque são contra a criação do Imesf para gerir a Estratégia da Saúde da Família (ESF).

Veja o conteúdo do panfleto distribuído à população:

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre deve votar na segunda-feira, dia 14 de fevereiro, o Projeto de Lei nº 53/2010, que cria o Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família (Imesf), uma Fundação Pública de Direito Privado.

O prefeito José Fortunati entregou o projeto à Câmara com pedido de urgência e tentou aprová-lo ainda no final de 2010. A mobilização do Fórum de Entidades em Defesa do SUS impediu a votação e quer ampliar o debate da proposta com o cidadão porto-alegrense, o principal atingido pelo projeto.

Você sabia que o SUS é para todos?

Um dos argumentos de quem defende a Fundação é de que os que são contra não utilizam o SUS. Esta é uma grande mentira. Todos somos beneficiados pelo SUS. Criado na Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.

O SUS oferece consultas, exames, remédios e internações. Também promove campanhas de vacinação e ações de prevenção e de vigilância sanitária -como fiscalização de alimentos, da água e registro de medicamentos. A SAMU, que atende qualquer cidadão que necessite, é do SUS.

Com isso, atinge a vida de cada um dos brasileiros.

Além disso, garante a participação social através dos Conselhos e das Conferências de Saúde onde são debatidos os problemas, os desvios dos recursos públicos e formas de qualificar a saúde.

Muito ainda deve ser feito para a população ter uma saúde de qualidade, mas não será com a privatização que teremos o atendimento que merecemos.

Fundação = Privatização

A população que sofre no seu dia-a-dia com emergências lotadas, postos de saúde em frangalhos e listas “eternas” de espera para especialistas quer uma solução. Mas, ALERTAMOS, além de não ter base legal, a Fundação Pública de Direito Privado não irá resolver o caos na saúde de Porto Alegre.

Fortunati tenta responsabilizar os servidores da saúde que, segundo ele, não cumprem horário e por causa da estabilidade não são punidos. Para o prefeito tudo estará resolvido com a criação da Fundação para gerir os postos de saúde do Programa de Saúde da Família (PSF).

Mais uma mentira!

Se existem funcionários que não cumprem horário, a culpa é do prefeito que permite.

Na verdade quem não cumpre horário são os apadrinhados do governo e de suas chefias.

Já a contratação pelo regime celetista (CLT), proposta pela Fundação, é para calar os servidores pelo medo da demissão sem justa causa. Para um governo que esteve boa parte de 2010 nas páginas policiais dos jornais não servem trabalhadores que coloquem a boca no trombone. O povo quer saber quem mandou matar o secretário da saúde Eliseu Santos e onde estão os R$ 10 milhões roubados na terceirização dos PSFs para o Instituto Sollus. Este dinheiro faz muita falta para a saúde das famílias.

Por trás dessas fundações, sempre houve o interesse direto de investidores. No Brasil, cerca de 23% das pessoas têm planos de saúde privado. Os valores pagos nos planos excedem, e muito, o gasto público em saúde. Para garantir maior lucro às empresas privadas, é necessário que a saúde pública seja sucateada, papel exercido de bom grado pelos governos.

Por tudo isso, o Fórum de Entidades em Defesa do SUS defende a retirada do PL nº 53/2010, que cria o Imesf, e o fortalecimento da estrutura que já existe na Secretaria Municipal de Saúde.

FÓRUM DE ENTIDADES EM DEFESA DO SUS

Um comentário:

  1. Os gestores Municipais não tem competência para gerir a saúde e culpam os servidores que não cumprem a carga horária.
    Será eles não fazem isso para poder trabalhar em outras instituições ou empresas que realmente valorizam o seu trabalho.
    Precisamos valorizar o funcionalismo e termos salários justos e dignos,chega de hipocrisia,eles também são servidores e aproveitam o poder que o povo lhes da para fazer este tipo de tratamento ao usuário do sistema único de saúde que são castigados pela incompetência dos gestores.

    Maria do Carmo Quagliato
    Servidora Municipal- Santa Maria

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