quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

CORREIO DO POVO (Porto Alegre, 26 de janeiro de 2011 - pag. 14)

CAOS NAS EMERGÊNCIAS MOBILIZA VEREADORES


Mais diálogo entre os entes envolvidos com os serviços de saúde em Porto Alegre e o fortalecimento na estrutura básica são as sugestões da presidente da Câmara Municipal, Sofia Cavedon, para amenizar o problema da superlotação nas emergências hospitalares. Ontem, ela e o vereador Dr. Thiago Duarte estiveram no Hospital de Clínicas (HCPA). Encontraram 108 pacientes sendo atendidos em um ambiente com capacidade de 49 leitos."É inaceitável. Vivemos quase uma condição de guerra, só que numa situação de normalidade", disse Sofia. Para ela, a Capital necessita criar unidades de pronto-atendimento para desafogar os hospitais. Outro problema relatado pelos gestores do Clínicas foi a criação de um novo trâmite burocrático para procedimentos complexos. "Houve casos em que pessoas perderam cirurgias já agendadas por falta de uma guia, a qual passou a ser exigida", disse o vereador Dr. Thiago, que preside a Comissão de Saúde e Meio Ambiente na Câmara O presidente do HCPA, Amarílio Neto, afirmou que há dificuldade de diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e reclamou de atraso em repasses de recursos que somariam R$ 7 milhões. Segundo o secretário em exercício da SMS, Marcelo Borges, o repasse está retido pela falta de um documento. "É um aditivo de convênio, que só falta ser assinado para o hospital receber". Ele disse que os procedimentos são iguais para todos os hospitais e que as quatro unidades de pronto-atendimento desafogarão as emergências.
FORÚM DEBATE CRIAÇÃO DE FUNDAÇÃO

Realiza-se hoje, às 18h30min, o Fórum Não à Fundação, na Câmara Municipal, para discutir o polêmico projeto de mudança no modelo do sistema de saúde básico da Capital, que resultou no rompimento de relações entre o prefeito José Fortunati e o Sindicato Médico do RS (Simers). Pelo projeto, o Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família (Imesf) será uma fundação pública de direito privado, responsável por gerenciar a rede integrada de serviços de saúde.Além disso, o projeto será discutido em audiência pública no dia 3 de fevereiro. No encontro, será discutida a integralidade da proposta da prefeitura, que prevê a criação do Instituto. Será o primeiro debate público entre prefeitura, vereadores, representantes de segmentos da saúde contrários ao projeto e a população. A proposta deve ser votada em plenário ainda em fevereiro. Pela proposta o Instituto, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), terá autonomia gerencial, patrimonial, orçamentária e financeira. Esse último ponto é um dos que têm maior rejeição pelos opositores à mudança.

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